segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sol, volte a brilhar.

   Eu já me senti assim antes, e, olha, eu não desejo essa sensação a ninguém. Vazio. Como se as milhões de coisas existentes no mundo não fosse capaz de supri-lo. Como se tudo que você faz fossem meras tentativas inúteis de sentir uma felicidadezinha se quer. Nada. Isso, nada. Ou tudo. Tudo que te faz perceber que você está caindo, mas nunca chega ao chão.
   Por favor, não vai embora. É, você, seja lá quem for. Eu apenas sei que eu não suportaria mais uma despedida. Mais um adeus e, quem se despedirá sou eu. Vou me partir em mil pedacinhos e nada será capaz de juntar. Fica. Sem você fica escuro, e eu tenho medo do escuro. Porque é no escuro que a verdade me domina. A verdade que insiste em dizer o quanto eu sou frágil, o quanto eu vacilo, o quanto eu não sou capaz. É no escuro que todos esses monstros resolvem me atacar, e eu sou fraca, você sabe, eu não vou resistir.
   Então, fica. Eu estou implorando, fica. Porque eu não agüento a dor da partida. Não agüento ter que começar mais uma vez. Não agüento ter que saber que eu terei que esquecer tudo de novo e fingir que está tudo bem. Não agüento, porque, sempre sou eu quem fica aqui, vendo as pessoas indo embora sem poder me mover. Então não vai, fica, mesmo sem fazer nada, fica paradinho aí, eu não ligo. Só para eu saber que podem suportar minha presença. Só para eu saber que sou capaz de te manter perto de mim. Fecha essa porta para nenhum de nós sair, e acende a luz, por favor, que esse escuro está me matando.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Aceitação.

   Eu nunca sei o que fazer nessas horas. A hora em que meu lado sentimental é afetado. Droga, por que vocês insistem em mexer com algo que não deve ser mexido? Por que tentar abrir - e conseguir - algo que está trancado a sete chaves? Por que me obrigar a isso? Por que tanta pressão? Eu não entendo. Não vêem que eu fico sem ação?
   Eu tento, sabe. Eu JURO que eu tento. Penso, repenso, TRE - penso. Ajo de uma maneira, já que não posso fugir. Dá merda. Sempre dá. E a culpa é minha, porque sou fria. Então faço o contrário. Dessa vez serei boazinha, não usarei a razão, serei mais flexível. Afinal, todos têm sentimentos, não é? Merda. De novo. E agora? E agora nada. Aceita.
   Certas horas, é difícil não pensar: “eu, definitivamente, não tenho sorte nos relacionamentos”. Ou melhor, eu não sei me relacionar, eu não sei o que fazer. Porque se eu faço algo, não gostam, se eu faço o oposto, não gostam mais ainda. Eu só posso pensar que isso não é pro meu bico. Será que vende um manual?
   Tenho que aprender que as coisas nem sempre são do jeito que queremos - no meu caso, é quase sempre - e que eu nunca terei duas coisas opostas na minha vida. Ou é, ou não é. Preciso aceitar que as pessoas não permanecem na sua vida pelo simples fato de você querer. Isso, aceitar. Essa é a palavra. Necessito me conformar, que, por mais que eu não queira, eu vou afastar algumas pessoas de mim. E no final, a culpa sempre é minha. Drama? Pode ser, mas pelo menos aqui, eu posso chorar, espernear, reclamar.
Aprenda uma coisa: apego e adeus, nunca vão encaixar em uma frase feliz. E isso é tão difícil de lidar...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Silêncio - Tati Bernardi

   "Nunca entendo exatamente, nunca chego lá, nunca sou verdadeiramente aceita pela exigência propositalmente inalcançável. Meu riso incomoda. Meu choro mais ainda. Minha ajuda é pouca. Meu carinho é pena. Meu dengo é cobrança. Minha saudade é prisão. Minha preocupação chatice. Minha insegurança problema meu. Meu amor é demais. Minha agressividade insuportável. Meus elogios causam solidão. Minhas constatações boas matam o amor. As ruins matam o resto todo. Minhas críticas causam coisas terríveis. Minhas palavras cuidadas incomodam. Minhas palavras jogadas, mais ainda. Minhas opiniões sempre se alongam e cansam. Minhas histórias acabam sempre no egocentrismo ou preconceito. Meu sem fim dá logo vontade de encurtar. Minha construção, desconstrói. Meus convites quase nunca agradam. Meus pedidos sempre desagradam. Meus soquinhos de frases são jovens demais. Meu bombardeio de coisas sempre acaba em guerra. Minha paz que viria depois nunca chega, pois eu nunca chego. Minha voz doce assusta. Minha voz brincalhona é ridícula. Minha voz séria alarde. Nenhum pio. Disse pra mim. Falar do que sinto é, na hora, desintegrar com seu olhar. Então fico me perguntando sobre o que deveria dizer, se só sei o que sinto. Devo sentir por personagens de livros, filmes, jornais e ruas? É assim que se diz sem ser o que não importa de verdade? E se for o contrário? Mas pra dizer do contrário, fica sempre no ar, é melhor não dizer. Se digo algo sobre minha vida, só sei falar de mim. Se digo algo sobre a vida dele, coitada de mim, achando que sei alguma coisa da vida. Se falo sobre a vida dos outros, que papo furado é esse? Se falo sobre coisas me sinto mais uma delas. Se provoco, eu que provoque sozinha porque ele não é trouxa de cair. Sobre livros, nunca são os que interessam. Meu trabalho nunca foi e nunca será da mulher dos sonhos. Meus sonhos evito falar, um medo de ser menina. Quieta. É assim que será. Se digo certo, isso logo acaba. Se digo certeiro, acabou. Se digo errado, nunca acaba. Se eu for mulher, mulher é um saco. Se eu for homem, homem só existe ele. Se eu for criança, fale com sua analista. Nenhum pio. Combinei comigo. Falar da gente pode? Pode, desde que, depois, eu tenha estrutura para ver toda uma massa desistente desabando sobre meu sofá pequeno. Nadinha. Não vou falar nada. Sobre dor não toca. Sobre prazer toca pouco. Nada. Porque toda vez que eu pergunto, quase ofende. E se respondo, ofende mais. E se exclamo, minha vontade de viver soterra. E se são três pontinhos, não posso. Se começo preciso terminar. Mas quando termino, ele já não está mais. Se repito, quase explode. Se digo uma, sou boa de ser guardada em algum lugar que nunca vejo. Se não explico, pareço louca. Se explico, sou louca. Quieta. Isso! Você consegue! Se for o que eu penso, eu penso errado. Se for o que eu não penso, errei por não pensar. Se não for nada disso, eu que pensasse antes. Nada. Não vou sussurrar. Nem gemer. Nenhum som. Respiração muda. O silêncio absoluto. Olhando pra ele. Lembrando de quando ele me disse que é no silêncio que se sabe a verdade. E a verdade chega como um teto gigante que desaba numa cabecinha de vento. O que eu mais temia. O que eu não queria descobrir. É tudo mentira."


p.s: Por que o texto? Porque é examente o que resume o meu agora.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Not Good Enough.

   Sensação de estar pela metade. Ou quase isso. Acordei me sentindo assim, talvez por hoje ser domingo e pela data, ou talvez eu venha me sentindo assim há muito tempo e só hoje me dei conta. Que seja. Já se sentiu como se não fosse boa o suficiente? Como se tudo ao seu redor fosse inalcançável, como se todos te fizessem se sentir assim. Ok, talvez não, mas é só o que você consegue enxergar.
   Tive um fds que pode ser chamado de bom. Mas não o suficiente. Eu não sou suficiente para o mundo, o mundo não é suficiente para mim. Podem me chamar de dramática, e esse texto está bem chato com tanta reclamação de tudo e nada ao mesmo tempo. Mas é assim que me sinto hoje, ou sempre.
   Não escrevo aqui nem metade daquilo que penso, melhor guardar comigo. Gostaria de deixar registrado que amo minha faculdade, passei em todas as cadeiras do semestre, e tem pessoas que amo lá também. Já fazem parte da minha vida, e, que, por sinal, estou morrendo de saudades. Ah, umas semanas atrás eu até tava feliz, não sei, sentindo aquela sensação de paz, agora estou QUASE com essa sensação, como se faltasse apenas um empurrãzinho. Rs. Confesso que ri baixinho quando li essa palavra “quase”, palavra engraçada, não?
   Meu texto não está fazendo mais sentido, por isso vou parar. Só queria desabafar, só queria sentir a sensação de ser inteira. E escrevi as linhas passadas com coisas boas para re-ler e vê se sai um gostinho de que sou pelo menos quase boa o suficiente. Mas não, hoje não.

domingo, 14 de agosto de 2011

O medo.

    Quando paro para pensar, eu sempre chego a mesma conclusão: tenho medo de tudo o que é novo. O novo que pode me trazer coisas boas, o novo que pode me trazer coisas ruins. Eu simplesmente tenho medo daquilo que eu não conheço, daquilo que eu não tô habituada, daquilo que eu não sei o que é, daquilo que eu nunca senti. Talvez isso seja comum, talvez a maioria das pessoas tenham um pouco receio com o novo, mas sei lá, a impressão que eu tenho é que esse medo é só meu.
    Às vezes eu tenho vontade de enfrentar, de passar por cima. O que obviamente será preciso em algumas situações, tem coisas que eu não tenho como fugir. Vontade não falta, mas não posso. Ao mesmo tempo, tenho vontade de ficar só no meu mundinho, de não arriscar, de não querer, de não andar. Medo, medo, medo. Medo das conseqüências, medo do que virá, medo da rejeição, medo de não conseguir. Medo de sofrer. Medo da tristeza. Medo do vazio. Medo da solidão. Medo de cair e não conseguir me levantar. Medo.
    Por que todo esse medo agora? Porque tem muita coisa nova acontecendo ao mesmo tempo. Faculdade. Habilitação. Maior idade. Responsabilidade triplicada. Felizmente eu ainda posso correr pro colo da mamãe quando algo der errado, mas ainda assim, é uma fase que o aprendizado é feito por mim, e somente por mim. Por isso o medo, pela sensação de percorrer um caminho sozinha. Algo que só depende do meu eu.
    Tudo isso causa uma enorme confusão na minha mente. Tem dias que eu sinto vontade de gritar, de não sair da cama, de passar o resto da existência na segurança da minha casa. Mas, infelizmente, eu não posso me esconder da vida. Tenho que levantar, tenho que enfrentar o mundo lá fora. Eu sei que eu não estou sozinha nessa, sei que tem uma força maior me guiando, sei que tenho minha família e meus amigos para me apoiar sempre e eu peço obrigada por isso. Mas às vezes eu simplesmente não consigo reagir. Deus, eu sei que sou fraca, mas sempre tive você aqui perto de mim. Eu tô tentando e vou continuar. Dai-me forças.

domingo, 22 de maio de 2011

Onde fica a tecla SAP?

   Esses dias, parei para pensar na url do meu blog: “as coisas que eu entendo”. Sendo que, meus posts são exatamente sobre o que eu NÃO entendo. Ultimamente, tenho demorado horas para pegar no sono, fico rolando na cama, pensando sobre tudo aquilo que não faz sentido. Ou melhor, tentando achar alguma coisa que eu realmente entenda. É... não sai muita coisa, aliás, não sai nada. Conclusão: não entendo sobre nada do que acontece ao meu redor. Tem dias que você fala em voz alta: ALGUÉM ME EXPLICA O QUE DROGAS ESTÁ ACONTECENDO? Seja em relação a mim, a você, ao planeta, a esse caos.
  Hoje assisti “Um amor de verão”, um daqueles filmes de roteiro comum. Um casal se conhece no verão, rola umas coisinhas, depois o verão acaba, o cara vai embora e eles nunca mais se falam. Ok, me digam, cadê o sentido nessa história? Ah blz... a vida é isso, amores indo, amores só de passagem, daí um dia vem um e fica para a vida toda. É isso? Aham, tá certo. Talvez isso tenha algum significado na vida de alguns, na minha não.  E eu não sei nem porque tô falando disso, talvez porque é um dos fatos que eu não entenda, esse entra e sai de pessoas nas nossas vidas. Seja amigo, namorado, ou até o rapaz que te atende na cantina de um colégio. Passa o tempo, tudo passa. O que é mais difícil de compreender, as pessoas passarem. É tudo tão banal. Ou, como a maioria costuma falar, “é a vida, o que se há de fazer?”.  And i don't understand all this shit.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Feeling Good.

   Temos uma mania terrível de bater de frente com a realidade. Simples, não aceitamos a vida como ela está se mostrando num determinado momento. Daí você pensa, mas quem não faz nada para melhorar o que está ruim é fraco e covarde, não é? Em partes, sim. Uma coisa é você dar o seu melhor, fazer de tudo respeitando os LIMITES existentes, outra é você não reconhecer à hora de parar e apenas confiar na vida, deixar ela rolar.
   Afinal, isso é o que chamamos de FÉ. Deixando apenas o destino decidir. Não tô falando para ficarmos parados em estado vegetal, não... o que eu digo é para vivermos, sem ficar resistindo as mudanças necessárias, brigando com a vida, se frustrando a toa.
   Outro fato comum é ficarmos nos contestando do porque disso, do porque daquilo, porque achamos que deveria ter sido diferente. NÃO, não deveria, se não teria sido diferente!
   Podemos decidir muitas coisas, podemos e devemos fazer escolhas a todo momento, mas tudo isso tem influência sobre os resultados até certo ponto. Ou seja, vivemos sob as demandas do incontrolável. Isso significa dizer que, depois de já termos feitos tudo o que podíamos, só nos restará aceitar a situação como ela é. É um clichê old, mas o que tiver de ser, será.
   E quando você consegue fazer isso, quando consegue respirar fundo e simplesmente confiar, é inacreditável como você relaxa e tudo começa a fazer mais sentido, tudo começa a ficar mais fácil do que tem sido...
   Falando assim é fácil, o difícil é na prática, né? Principalmente quando temos na nossa mente frases fixas como “nunca irá passar”. Acredite, passa. Seja qual situação for... irá passar. Se permita, deixe passar. E apesar de tudo não está como eu quero, eu tenho me sentindo muito, muito bem.